Reflexões a partir de estupros coletivos no Brasil e na Espanha

Autores

  • Ela Wiecko V. de Castilho Ministério Público Federal - MPF
  • Marina Quezado Ministério Público Federal - MPF

Palavras-chave:

Estupro coletivo. Cultura do estupro. Reação feminista.

Resumo

O artigo tem como objeto três casos de estupro coletivo praticados em 2015-2016, dois no Brasil e um na Espanha, que provocaram intensa discussão nesses países sobre a culpabilização das vítimas e a interpretação do consentimento de mulheres e meninas para atos sexuais. Os casos brasileiros impulsionaram a elaboração de uma lei que, em 2018, criou a categoria jurídica do estupro coletivo, como causa de aumento de pena. Na Espanha, o caso analisado levou a Suprema Corte nacional a proferir importante precedente jurisprudencial sobre estupro e o governo a propor mudança legislativa sobre crimes sexuais, aprovada em 2022. A análise da repercussão dos casos na imprensa e nas redes sociais revela a persistência da cultura do estupro, que reafirma o patriarcado. Por outro lado, também mostra a reação feminista para a superação desse paradigma.

Biografia do Autor

Ela Wiecko V. de Castilho, Ministério Público Federal - MPF

Subprocuradora-Geral da República. Doutora em Direito pela UFSC, mestre em Direito Público pela UFPR. Professora Associada Nível IV da Faculdade de Direito-UnB.

Marina Quezado, Ministério Público Federal - MPF

Analista MPU/Direito. Doutora em Direito e Ciência Política pela Universitat de Barcelona, mestre em Direito, Estado e Constituição pela UnB.

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Publicado

07-12-2022